minha taça de vinho e minha silenciosa madrugada
tudo que preciso pra mais uma obra deplorável em torno de você
sentei em frente a janela
olhei atraves do copo
o mundo todo coube la dentro
droga
a bebida está se acabando
já é tarde mas nao quero dormir
pensando bem, nao quero acordar amanha
afinal a ressaca é certa
a noite escura como breu la fora de casa
aqui dentro claro pela luz da alma
deito na rede convidativa na varanda
não é mais possivel ver as estrelas
agora vejo, está claro como se fossem 7h
a civilizaçao estragando a beleza natural
estou drogada
viciada
o nome da droga?
serotonina
me balanço na rede...
balanço.....
balanço.......
deito e descubro que nao estive lá
era sonho
devaneio
estou no chão frio da sala de estar
talvez eu é que esteja fria
prossigo minha viagem
viagem até a lua, até a torre de transmissao iluminada
viagem até a casa de meu vô
-Vô, posso ficar com sua maquina de escrever?
-Claro Lana, mas pra que?
-Quero ser poeta.
sim, poeta sim
nao poetiza, erro de propósito
poeta porque nao sei escrever só deixo o coraçao levar
ou quem sabe seja a bebida que me leva
o vinho acabou
e olhando para o teto proponho um brinde
um brinde a você,
que pela milesima noite de verão fez o mundo acabar
saúde.
6 de dez. de 2009
Um brinde a você.
Postado por
Lans
|
|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Pela enésima vez,tudo vai mudar..
amém
amém (2)
Postar um comentário