6 de dez. de 2009

Um brinde a você.

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minha taça de vinho e minha silenciosa madrugada
tudo que preciso pra mais uma obra deplorável em torno de você

sentei em frente a janela
olhei atraves do copo
o mundo todo coube la dentro
droga
a bebida está se acabando
já é tarde mas nao quero dormir
pensando bem, nao quero acordar amanha
afinal a ressaca é certa

a noite escura como breu la fora de casa
aqui dentro claro pela luz da alma

deito na rede convidativa na varanda
não é mais possivel ver as estrelas
agora vejo, está claro como se fossem 7h
a civilizaçao estragando a beleza natural

estou drogada
viciada
o nome da droga?
serotonina

me balanço na rede...
balanço.....
balanço.......

deito e descubro que nao estive lá
era sonho
devaneio

estou no chão frio da sala de estar
talvez eu é que esteja fria

prossigo minha viagem
viagem até a lua, até a torre de transmissao iluminada
viagem até a casa de meu vô

-Vô, posso ficar com sua maquina de escrever?
-Claro Lana, mas pra que?
-Quero ser poeta.

sim, poeta sim
nao poetiza, erro de propósito
poeta porque nao sei escrever só deixo o coraçao levar
ou quem sabe seja a bebida que me leva

o vinho acabou
e olhando para o teto proponho um brinde
um brinde a você,
que pela milesima noite de verão fez o mundo acabar

saúde.

3 comentários:

Maicon disse...

Pela enésima vez,tudo vai mudar..

Carolina disse...

amém

Anônimo disse...

amém (2)