O que tem valido a pena? Pensava eu que ficar mais velho me faria um ser humano cada vez mais completo. Isso até gerou um ar de prepotência frente aos mais novos, mas ouvi de um cinquentão essa semana: "não importa quanto se anda pelo caminho, mas sim se o caminho é correto". De que adianta caminhar quilómetros até um buraco?
Em minha cabeça as ideias se misturam como ingredientes de uma receita, e meu prato principal é esse texto. Por uma lado penso no narcisismo natural das pessoas da minha geração. Por outro minha relação ególatra com a sociedade. Agora sem mais pensar que é digno ser errado e assumir. Não dá para ter orgulho de estar no caminho errado.
O que seria pior de que ter e não ser? Essa é nossa vida narcisista e ególatra, onde nossa essência passa a ser individualista ao extremo. Um passo atrás, visto que o convívio social e a diversidade que nos torna melhores. Porém nossos valores foram deturpados e aceitamos quase que como a escravos mentais.
Sabe se a Máquina do Mundo existe como ficamos como nosso conhecimento atingido até aqui? Mas não seria o próprio conhecimento a Máquina? Que nos faz pensar que temos pleno domínio sobre nossas ideias e nossas vidas, e no fim somos ainda escravos mentais. Será que Tétis queria dizer que haveria um tempo que saberíamos tanto, que seria falsa a ideia de saber e só as aspas salvariam meu texto?
E ainda é incrível como os textos ainda são minha terapia preferida, hoje já disto daquela ideia de fazer poesia. Já não sei se acredito nela plenamente, digo, não sei se acredito na minha. Sem falsa modéstia, só uma mudança de conceitos; não d'arte, mas da vida em geral. Estou analisando se estou pelo caminho certo.
E se no caminho há uma pedra, o que fazer? Ler A Comédia para entender um pouco da vida, ou simplesmente deixar acontecer. Tentando entender a vida ouvi d'outrem que a essência da vida é a falta; divergi, para mim, a busca. Não tinha argumentos, dessa vez perdi essa discussão. Mas verdadeiramente qual seja a resposta é tão vaga quanto o vácuo.
Vácuo me faz lembrar de física, e todas as ideias da física moderna e suas contribuição para a química e para a radioatividade. Só que de verdade a essas ideias são responsáveis por criar a perplexidade em mim, sem elucidar nenhuma resposta concreta, por mais provada que seja as teses e hipóteses.
A ciência, para mim, ganha cada mais essa face duvidosa. As mudanças são rápidas e as vezes imperceptíveis. Talvez as ideias de Malthus se apliquem a tecnologia e as pessoas que entraram em contato com elas. Tecnologia geometricamente e pessoas aritmética. Seremos poucos, crescendo pouco; para um tecnologia que não para.
O iPad é exemplo, já que os que não compraram a primeira versão não compraram mais. Compraram a segunda versão e as futuras terceira, quarta e etc. Nos países desenvolvidos tecnologia está mais disponível à todas as pessoas, no entanto nos subdesenvolvidos essa disponibilidade torna-se rara. Carta dada e manjada.
Por enquanto chega.
9 de abr. de 2011
Fluxo
Postado por
Guigo
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