O que apenas nós jovens acreditamos? Foi assim que Dan Paes deu sua visão do que éramos/somos em meio a um mundo complexo. Vemos o mundo assim, de fora, como se por sermos jovens não somos parte do movimento.
Esse comportamento é natural, pois na visão fatalista vemos quase que só defeitos em nossa sociedade. Então num instinto de fuga nos colocamos à margem de tudo isso, como se todos esse problemas não fossem nossos. Só nós jovens acreditamos? Em que? Se é assim, quando deixamos de acreditar. Parece que já está em nós a idéia de que crescer não é um bom negócio.
Lembro que no seu segundo mandato, o então presidente, Fernando Henrique Cardoso em um entrevista falou que as crianças tinham que dar maior valor a infância. Sim, mas ele deu a entender na entrevista que crescer não era bom. Como se todos aqueles sonhos, toda aquela magia dos tempos de criança depois de passados os anos fossem apenas mera lembrança. Não concordo. Somos sim produto daquela criança que fomos, contudo nunca a abandonamos por completo.
Não falo do estereótipo da criança interior que nos guia a agir de forma intuitiva, de forma sensitiva. Falo dos valores que tínhamos, e que ficaram. Eu acreditava que amizade é algo muito forte, mesmo depois de brigas e mais brigas resta um certo carinho, certo respeito.
Continuo assim. Então volto ao que só o jovem acredita. Será mesmo que só o jovem acredita?
Não quero tirar a razão de Dan Paes, só quero mexer com os velhotes que pensam que são velhos demais para as idéias de quando eram jovem. Quero mexer com os jovens que pensam que depois de velhos serão vítimas e algozes do sistema.
Os jovens não são os únicos a acreditarem num mundo melhor, e também não podem ser os únicos. Aquilo que acreditamos hoje não tem e não pode ter data de validade.
0 comentários:
Postar um comentário