7 de mar. de 2012

Por Tales Cardeal

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Não gosto quando dizem que a arte, para ser arte precisa incomodar, cutucar, tirar a casca das nossas feridas.
Algumas pessoas se ferem de tal forma que se lhe tiram a casca só lhes sobre o vazio.

Penso nos primórdios da arte quando ela alentava nossos ancestrais assustados com o medo da morte, o equivalente ao medo da vida talvez.

Penso nos órfãos das guerras que tinham em caixinhas de porcelanas seus únicos lares e em bailarinas suas únicas mães, naquela música, sua única e sempre igual cantiga de dormir.

A arte é transceder, é coragem que também é viver, apedar do.

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