Terias teu corpo nu naquele instante
se aquelas mãos pudessem tocar-te
e num silêncio repentino, sem pestanejar,
tomar todo teu corpo, num súbito desejo.
Teria em tuas mãos um anel de compromisso
se aquele beijo acontecesse no jardim de inverno
e pudesses fazer daquele instante único,
mas não podias prever nada além do que querias.
Teria em tua barriga o fruto de um amor inacabável
se aquela transa pudesse ter tido um início
e esse teu olhar não tivesse visto o inevitável.
Tens hoje, apenas alguns vermes que lhe fazem companhia
um pouco de terra, uma frase sem sentido e alguns números.
Teu amor ainda vive, como quem nunca te amou.
15 de jun. de 2012
Amor Equivocado
Postado por
Renato Dering
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